Comunicações

Muro arcaico, digital e tag
Gary Burgi
Retina.Paris8-Labo AIAC

resumo: Essa comunicação explora as fronteiras estéticas da arte do grafite. O tag estabelece uma relação social entre praticantes do meio do grafite, fora de uma cultura digital (ou pré-digital). O tag estabelece igualmente uma relação de organização de informações dentro de uma cultura digital. No entanto, essa cultura de imagem digital gera uma influência na imagem do grafite arcaico? Vamos refletir sobre essa questão a partir de uma obra do artista Mathieu Tremblin que se chama Twitoeuvres.


O efêmero e o corpo : a presença, o presente e o real, longe de ser virtual
Cíntia Tosta
Retina.Paris8-Labo AIAC

resumo: A acessibilidade da tecnologia numérica facilita a diversidade da criação ao de imagens. Esta acessibilidade ao mundo numérico, seja ela para os profissionais do mundo da comunicação, os artistas ou aos consumidores de novas tecnologias, que também produzem imagens, lança e destaca a questão do efêmero, do mundo real, do corpo e da presença. Em primeiro lugar, analisemos o efêmero como ação e movimento do vivo. Estando ligado intrinsecamente à presença do corpo em um dado espaço e tempo no mundo real, como o efêmero fará ele resistência ao mundo virtual, quer dizer, realidade que tem a possibilidade de simular o real, ao mundo da imagem digital? Mas de que forma? Nesta conexão com o efêmero, o corpo humano pode ser percebido como sua matéria primeira. No entanto, este mesmo corpo humano, enquanto presença no mundo real, propõe um primeiro paradoxo, quando ele participa à construção de um mundo virtual, mas também quando ele produz e utiliza as imagens digitais. Desta forma, quais seriam as fronteiras que o virtual propõe ao efêmero e vice-versa? Enfim, poderíamos falar então de uma estética contemporânea que pela superprodução de imagens numéricas procura suprimir as fronteiras entre o mundo real e o virtual? Seria ela híbrida, entre o real e o virtual, entre presença (enquanto espaço-tempo do efêmero) e imagem, mas também entre Imaginário e real ? Assim sendo, teria a estética do contemporâneo se tornado também um entre-dois designado «longe de ser virtual» ou «longe do virtual», longe de ser uma mera possibilidade, e assim, real? 

résumé: L’accessibilité à la technologie numérique fait multiplier la création des images. Cette accessibilité au monde numérique, que ce soit par de professionnels du monde de la communication, des artistes ou d’un public de consommateur de nouveautés technologiques, mais également producteur d’image, propose la question de la place de l’éphémère, du réel, du corps et de la présence s’impose.Tout d’abord, analysons l’éphémère en tant qu’action et mouvement du vivant. Lié intrinsèquement à la présence d’un corps dans un espace et temps précis du réel, l’éphémère, ferait-il résistance au monde virtuel (celui qui a la possibilité de simuler le réel), au monde de l’image numérique ? Mais de quelle manière ? Dans l’articulation avec l’éphémère, le corps humain peut être aperçu comme son support premier. Toutefois, ce même corps humain, étant présence dans le réel, propose un premier paradoxe quand il participe à la construction d’un monde virtuel et quand il produisant et s’utilise des images numériques. Ainsi, quelles sont les frontières que le virtuel propose à l’éphémère, mais également que l’éphémère va proposer au virtuel ? Enfin, pouvons-nous donc parler d’une esthétique contemporaine qui par la superproduction des images numériques cherche effacer les frontières entre réel et le virtuel ? Serait-elle plutôt aujourd’hui hybride, entre réel et virtuel, entre présence (en tant que temps-espace de l’éphémère) et l’image, mais également entre imaginaire et réel ? Mais en quoi seraient-elle devenue aussi, un entre-deux «loin d’être virtuel» ou «loin du virtuel», loin d’être une possibilité, et donc, réel?


A experiência flutuante da imagem
Joaquim Vianna
UFBA - IHAC

resumo: A produção e a estocagem de imagens digitais que nos invade, sobretudo pela força do mass-media contemporâneo e pela velocidade das suas disposições/sobreposições/redes, formam uma sutil estrutura axiomática do visível. A experiência política da imagem digital contemporânea nos impele, com uma certa violência, à uma constante “experiência flutuante” da imagem. Porém é preciso pensar, em contraponto à formação do excedente dessas imagens e de seus mecanismos coletivos de exibição, que há a possibilidade de uma ação potencial - micro-política, que expõe as fronteiras efêmeras dos sistemas que formam o constante-visível. Enquanto o dimensional axiomático de um aparelho de Estado deseja sempre “formar uma imagem” em função de suas estruturas significantes, os movimentos que expõem singularidades de resistência fazem com que as imagens sejam elaboradas exaltando novas conexões capazes de provocar rupturas nos signos icônicos atuais. Essas experiências provocam deposições da imagem digital em estoque e traçam uma topologia do visível em pleno devir, que é capaz de pensar e fabricar a imagem à segunda potência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário